Raffaella Bortolotto - A Gazeta da Casa, Ano V, Março de 2013
Considerado uma das inteligências
mais incisivas que o Brasil já teve e uma das vozes mais singulares da
literatura brasileira do século XX, Pignatari foi poeta,
ensaísta,
romancista, dramaturgo, tradutor e professor.
Nascido em Jundiaí, interior paulista, em
1927, filho de imigrantes italianos, Décio publica seus primeiros poemas em
1949 na Revista Brasileira de Poesia. Em 1950 lança seu livro
estreia, Carrossel.
Forma-se em Direito, e na década dos anos 50 funda, junto com os irmãos
Augusto e Haroldo de Campos, a revista Noigandres, considerada a
máxima expressão mundial do Concretismo, movimento vanguardista surgido
em 1953,
inicialmente na música, depois na poesia e, por fim, nas artes
plásticas, que defendia a racionalidade e rejeitava o Expressionismo,
o acaso, a abstração lírica e aleatória. Nas obras surgidas no movimento, sua
intenção era acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova
linguagem.
Em 1965 Pignatari publica o livro Teoria da Poesia Concreta. Além da produção crítica e literária, faz pesquisas na área de
semiótica. Como teórico da comunicação, ele também contribui com a fundação da
Associação Brasileira de Semiótica, sendo professor da matéria.
Sua obra
poética está reunida em Poesia Pois é Poesia (1977).
Décio foi embora na manhã do domingo 2 de dezembro do ano
passado aos 85 anos de idade, em São Paulo.
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Décio Pignatari |
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